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O «Dr. Tudo Esquadrinha», pseudónimo jocoso com que D. Francisco Manuel de Melo assinou este livro, deixou-nos uma obra em que as personagens falam entre si por meio de trocadilhos, ditos populares e jogos de palavras que ainda hoje usamos (sem sabermos de onde vêm) dando-lhe, como referiu Alexandre Herculano, «as graças e toque próprio da nossa língua portuguesa», um dos livros que são «ainda hoje relidos com prazer e por estudo.», afirma Camilo Castelo Branco. Herculano garante que este é um «livro curioso, em que estão lançadas metodicamente as metáforas e locuções populares da língua portuguesa, e que seria quase um manual para os escritores dramáticos, principalmente do género cómico, que quisessem fa- zer falar as suas personagens com frase conveniente. Mas não se fie no pisco Alexandre Herculano. Leia a Feira dos Anexins. Este livro traz água pela barba e, se é marinheiro de água doce, poderá achar que o texto às vezes não tem pés, nem cabeça, mas não fuja a quatro pés, que ninguém o tratou com sete pedras na mão. Vá lá, as suas personagens, a falarem sempre como cão com gato, só o querem entreter, com algum chiste, ou equívoco, bem ou mal cerzido. Vamos deixar de ser desbocados, mas garantimos-lhe que não vai andar com um burro à água porque, como disse Aristóteles, os Anexins «são os restos de uma filosofia primitiva, conservados, graças à sua engenhosa brevidade, através dos maiores desastres.» aquilo é ser sábio, que o bicho é grande sabichão.