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Passado em Itália, com especial incidência em Florença e em Ferrara, eis uma sequência de quadros introspectivos sobrepondo-se ao itinerário de uma viagem que ameaça converter-se em errância, propendendo para a
fuga e para a busca, para o compromisso e para a rejeição, neste O Último Verão, que, tal como o protagonista
parece augurar, oferece-se como um relato de primeira pessoa narrado na terceira.
A viagem confunde-se com as elucubrações e as epifanias que se alinham numa perspectiva ilusoriamente
terminal, mas que se acham ainda em processo de reconstrução, análise e integração.
Desenrola-se a narrativa sob o signo do labirinto, tanto na sua dimensão geográfica, quanto nas ressonâncias psíquicas que lhe são correlatas. E impõe-se a urgência de decidir se os pontos de referência que pautam o
percurso lugares, pessoas, impressões ou memórias constituem etapas de progressão ou becos sem saída,
num âmbito cujo taurino anfitrião deve por força existir, quer esteja destinado a nunca ser visto, quer já o
tenha sido num qualquer esquecimento pretérito.