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D. Afonso de Bragança, o menos conhecido membro da última família real portuguesa,
deixou-se contagiar pela magia que irradiava dos novos veículos que a Revolução
Industrial do último quartel do século XIX fizera surgir além Pirenéus. O popular «Arreda»
nunca se conformou com a monotonia palaciana e sempre que podia trocava os
salamaleques de salão pelo óleo sujo dos motores dos automóveis que colecionava.
Por cada vénia que o protocolo lhe exigia, imaginava uma perigosa aventura aos
comandos do seu batalhão de bombeiros. Preferia o sobressalto do momento ao
calendário repetitivo da agenda real. A paixão fugaz ao amor eterno. A popularidade à
reverência. A aprendizagem prática ao estudo clássico. Trocava, enfim, as fastidiosas partituras musicais do piano da sua mãe, Maria Pia, e do barítono paterno, o rei D. Luís, por um simples mas virtuoso golpe de volante numa qualquer ruela lisboeta. Ao descobrirem-se os caminhos tortuosos da vida de Afonso, é Portugal que se desenha nas suas virtudes e nas suas misérias. Um país dividido entre a bancarrota da Monarquia e a falência da Primeira República.