Defina as suas preferências de cookies para este website.
Este website utiliza cookies estritamente necessários, analíticos e funcionais, para lhe oferecer uma boa experiência de navegação e acesso a todas as funcionalidades.
Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará da maneira pretendida sem eles
Os cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de social media, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
Os cookies de marketing são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que eles visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.
"Epicuro (341-270 a.C.), filósofo grego da época helenística, terá escrito cerca de trezentas obras das quais chegaram até nós, coligidas por Diógenes Laércio, apenas três cartas e uma série de máximas, além das «sentenças vaticanas», assim chamadas porque descobertas, em 1888, num manuscrito da biblioteca do Vaticano e que em parte já figuram naquelas máximas. O epicurismo, que conheceu durante séculos enorme difusão e influência no mundo mediterrânico antigo, era, como a outra grande filosofia helenística, o estoicismo, uma física antes de ser uma ética. Era uma ciência materialista e atomística da natureza, fundamento de uma ética naturalista que nada tem a ver, ao contrário do que se diz, com hedonismo.
Uma ética do prazer, sim, mas não dos prazeres do escravo, do homem das paixões e das superstições, antes dos do homem livre, dos prazeres virtuosos do corpo e da alma, da «ataraxia». Modernidade deste pensamento, desta ética da alegria, sobrevinda entre duas severas tradições espiritualistas, platonismo e cristianismo, responsáveis pelo desprestígio histórico do epicurismo."