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Quando se dá a invasão de Junot em 1807, quem ocupa o poder é um homem medroso, indeciso e destituído de vontade.
A família real acaba por fugir para o Brasil, mas a perspectiva de atravessar o Atlântico deixa o regente D. João aterrorizado. Uma vez instalado no Brasil, indiferente ao calor e aos insectos, não tem qualquer vontade de regressar a Lisboa.
Por cá é o salve-se quem puder. Na luta irão cometer-se terríveis atrocidades. Nem a expulsão definitiva dos franceses, nem o regresso a contragosto do Rei ditam o fim da instabilidade.
Com a morte de D. João VI – ao que tudo indica envenenado pela própria mulher –, os filhos disputarão entre si um país arruinado, num conflito que ecoa a relação tumultuosa dos pais, de quem se dizia terem pouco mais em comum do que o hábito de não se lavarem.
Por isso, neste livro que terminou poucos dias antes da sua morte, José António Saraiva lhes chamou «a desgraçada família» e «o período mais triste da História de Portugal».