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Um conjunto de histórias tocantes, plenas de poesia, que nos conduz à grande questão da existência: em que momento perdemos o comboio da vida?
«Partiam, engalinhados no carro de bois. E os maiores, porque assim lhes competia, seguiam a pé. Depois, durante três semanas, passaram pela aldeia e por casa dela, carregando os haveres de dezasseis pessoas, sujos, despenteados, os sapatos com a língua de fora. Dona Celina via tudo.
Dava-lhes de comer e nem conseguia que se chegassem a sentar. Era rapaziada trabalhadora. Ficou a dever ainda mais na mercearia, mas isso era outra questão.
- Eles vêm vê-la - garantiam as vizinhas.»
A partir de um conjunto de histórias de mulheres sem grande história, Hugo Mezena descreve, com delicadeza e mestria, as fragilidades e anseios de quem deixou de sonhar com o dia seguinte. Um livro extremamente tocante sobre as eternas-crianças que envelhecem dentro de cada ser humano, e a forma como o Portugal moderno as trata.