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Roupão Azul é um roupão comum e real. De Inverno. Ainda assim, não é um roupão qualquer. Vestiu um corpo antes de vestir o meu. É, também, o meu roupão poético. Com ele iniciei este caminho. Como um filho que geramos numa altura amadurecida da vida e cujo parto é difícil. Um corpo de poemas que escrevi dentro dele. Com as minhas mãos nos bolsos buscando as palavras. Entrego-as aos leitores para que se apropriem delas. Para as tornarem ou não suas. Qualquer exercício de escrita é também uma construção da memória com toda a sua dimensão realista e simultaneamente ficcionada. Existe um diálogo com o mundo e a presença de algumas figuras históricas fortes, femininas, que marcaram a margem esquerda de uma cidade e de um rio a que pertenceram e a que pertenço. Onde sempre vivi. Existe o olhar de uma criança neste tecido literário e poético que construí, mas também o de uma mulher adulta. A procura de um sentido para a vida. Esta é a tarefa do poeta. Dedico este livro à memória do meu pai.